Em maio de 2010, o sonho de reeditar os propósitos históricos, social e cultural do jornal O Menelick (1915 - 1916), veículo que inaugurou o período conhecido como a primeira fase da imprensa negra Paulista (1915 - 1963), tomou forma, corpo e conteúdo com a edição experimental da revista independente O Menelick 2º Ato - afrobrasilidades e afins.
Parece que foi ontem que os desejos e anseios da publicação mais emblemática e significativa da imprensa negra Paulista, ganharam uma roupagem contemporânea, ousada, didática e respeitadora da sua história.
Nela, o swing mulato do rei do ritmo Jackson de Pandeiro, a dramaturgia reacionária do Bando de Teatro Olodum, a literatura afiada de Martinho da Vila e a sensibilidade feminina da artista plástica Rosana Paulino encontraram espaço para dialogar com e para os seus.
Nestes mais de 365 dias de vida, O Menelick 2º Ato orgulha-se em ter conquistado leitores, parceiros e, principalmente, grandes amigos que, assim como nós, acreditam que sim, é possível disseminar a cultura afrobrasileira, concientizar a população sobre a importância de valorizar artistas e movimentos que constituem este grupo, bem como despertar nos nossos o interesse pela leitura e a busca pelo conhecimento atráves de manifestações artísticas de matriz africana.
A necessidade de um movimento de identidade étnica, que enfrente as barreiras de uma imprensa branca (Grande Imprensa) impermeável aos anseios e reivindicações da comunidade negra ainda existe, e persiste, em emissoras de TV, rádios, jornais, e revistas. E é por isso que ainda estamos aqui, com muito prazer.
Da redação O Menelick 2º Ato ...